"Se muitas vezes Lisboa falhou os seus compromissos com a Madeira, é justo que se reconheça que nem sempre o Estado português e a ilha maior estiveram à altura das suas responsabilidades para com a ilha dourada. Mas também é justo que se reconheça que o advento da autonomia e os últimos 40 anos corrigiram muitas injustiças e permitiram que as condições de vida dos porto-santenses dessem um enorme e justo salto qualitativo", afirmou José Manuel Rodrigues (CDS-PP).
O presidente do primeiro órgão de Governo próprio da Região lembra que persistem problemas que necessitam de ser ultrapassados, entre eles a frequências das viagens com o Continente e a Madeira e os custos das passagens aéreas.
"Como é possível que um madeirense pague 86 euros para se deslocar a Lisboa e, para vir ao Porto Santo, tenha que desembolsar 160 euros? E nos transportes marítimos, porque é que não temos ligações todos os dias da semana entre as nossas ilhas?", interrogou o presidente da Assembleia.
José Manuel Rodrigues considerou que "só resolvendo a mobilidade" a sazonalidade turística poderá ser esbatida, "trazendo mais visitantes e dinamizando a economia e o comércio local, aumentar a produção agrícola, valorizar as pescas e atrair turismo residencial e investimento privado para esta ilha".
É com vista a encontrar soluções para estes problemas que "a Assembleia Legislativa se aproxima mais do Porto Santo com a criação da delegação".
"A partir de agora, os deputados, residentes nestas ilhas, mas também todos os 47 parlamentares da assembleia, têm aqui um espaço onde podem receber os eleitores porto-santenses e onde podem trabalhar para levar as questões do Porto Santo à nossa casa da leis", afirmou.