"A falha afetou o distrito Capital e os Estados de Apure, Sucre, Bolívar, Guárico, Carabobo, Arágua, Monágas, Cojedes, Táchira, Zúlia, Anzoátegui, Portuguesa, La Guaira, Nueva Esparta, Miranda, Lara, Barinas, Mérica, Yaracuy, Delta Amacuro, Trujillo, Amazonas e Falcón", refere o diário El Nacional.
Este novo grande apagão foi precedido por falhas elétricas que, ao longo de segunda-feira, afetaram também zonas da cidade de Caracas como La Candelaria, Avenidas Forças Armadas, San Bernardino, Bello Monte, José Féliz Ribas, Araguaney e El Aguacatico, entre outras, apesar de 24 regiões da Venezuela estarem submetidas a racionamento elétrico para "proteger" o serviço na capital.
O apagão obrigou o Metropolitano de Caracas a ativar os protocolos para a retirada de pessoas e a suspender o serviço nas três linhas. Como parte da emergências foram ativados autocarros de passageiros.
Longas filas de viaturas, inclusive em sentido contrário – até na autoestrada-, pessoas aglutinadas à espera de autocarros, trabalhadores a tentarem regressar a pé para casa e utilizadores a queixarem-se das dificuldades no serviço ferroviário marcaram a tarde de segunda-feira.
Um pouco por toda a cidade eram visíveis estabelecimentos comerciais e estações de abastecimento de combustível encerrados.
Através das redes sociais, utilizadores queixavam-se de dificuldades nas comunicações móveis no serviço de Internet.
O Aeroporto Internacional Simón Bolívar de Maiquetía, o principal do país e que liga a cidade de Caracas ao estrangeiro, foi também afetado pelo apagão.
As rádios locais dão conta de que apenas uma geradora elétrica funcionava naquela terminal e que vários operações estavam a realizar-se de maneira manual.
O apagão afeta ainda o serviço de abastecimento de água nos Estados de Carabobo, Falcón, Lara, Nova Esparta e Trujillo.
As autoridades venezuelanas já atribuiram o apagão a um ataque "eletromagnético".
Por outro lado, há indicações de que Carabobo, Lara, Maturín, Nova Esparta, Portuguesa, Táchira e Zúlia, estão sem serviço de gás e que não há gasolina em Mérida, Táchira e Zúlia.
A 7 de março último a Venezuela registou um grande apagão que deixou o país quase na totalidade às escuras e que, na maioria dos Estados, se prolongou por até sete dias.
A 25 de março pelo menos 16 dos 25 Estados da Venezuela, incluindo o Distrito Capital, ficaram às escuras. Quatro dias depois um apagão afetou 23 Estados da Venezuela.
A 9 de abril um novo apagão afetou quase toda a Venezuela.
C/Lusa