O apagão, que ocorreu pelas 09:00 locais (13:30 em Lisboa), afetou ainda os Estados venezuelanos de Arágua, Miranda e Vargas, e causou também falhas no acesso à Internet, segundo a imprensa local.
A falha elétrica afetou o funcionamento do Metropolitano e o serviço de comboios para Los Valles del Tuy.
Entretanto, através da rede social Twitter, a empresa estatal Corporação Elétrica Nacional (Corpoelec) anunciou ter sido "recuperado 90% do serviço em Caracas" e que o apagão se deveu a uma falha na subestação de Santa Teresa (a sudoeste da capital).
"Continuamos a trabalhar para recuperar a 100%. Reportam fortes chuvas no setor onde ocorreu a origem da falha", lê-se no ‘tweet’.
Não há ainda informação oficial sobre o tipo de falha que ocorreu na subestação de Santa Teresa.
O apagão coincidiu com o segundo dia de trabalhos do congresso do Partido Socialista Unido da Venezuela, que na noite de segunda-feira esteve também temporariamente às escuras, devido a outra falha elétrica.
Na Venezuela são cada vez mais frequentes os apagões elétricos que se fazem sentir com maior ou menor intensidade dependendo da zona do país onde ocorrem, mas com menos intensidade na capital.
As queixas dos apagões estão na origem de protestos populares em Estados com o de Zúlia (oeste do país), que apesar de ser uma importante região petrolífera do país, nos últimos tempos se prolongam por mais de três dias consecutivos.
Frequentemente a imprensa venezuelana denuncia situações de alegada corrupção na estatal Corpoelec.
Em várias oportunidades as autoridades anunciaram a detenção de funcionários da empresa elétrica estatal aos que acusam de alegado sabotagem.
Recentemente os EUA anunciaram sanções contra vários funcionários da Corpoelec, enquanto o Governo venezuelano denunciou o bloqueio internacional a capitais da empresa.
Na semana passada, em várias regiões do país, ocorreram protestos de funcionários da Corpoelec, para exigir melhores salários e investimentos no setor.
LUSA