Franco Mufinda adiantou que a Sputnik V tem duas componentes, sendo que a segunda reforça a imunidade “despertada” pela primeira.
“Do ponto de vista da fabricação da vacina, uma componente complementa a outra, ou seja, a segunda componente reforça o processo que despoletou a primeira componente, que é o despertar da imunidade, enquanto a segunda componente assenta essa imunidade que se pretende para estarmos protegidos contra o vírus SARS-CoV-2”, explicou Franco Mufinda.
Segundo o governante angolano, o intervalo de administração da Sputnik V é de três semanas, podendo ir até três meses. Os estudos mais recentes aconselham o intervalo entre 21 e 45 dias para um melhor alcance da imunidade, adiantou.
O secretário de Estado para a Saúde Pública avançou que foram criados mais dois postos de vacinação na província de Luanda, nomeadamente na Cidadela Desportiva e em Viana.
Sobre os efeitos colaterais esperados da Sputnik, Franco Mufinda apontou como expectável ligeira dor de cabeça, tontura, braço dorido ou pesado e dor de cabeça.
“São efeitos que acontecem, que devem ser geridos, tomando um paracetamol”, referiu o mesmo responsável, salientando que todo o processo de vacinação em Angola está a “decorrer conforme planificado”.
Também em declarações à Lusa, a diretora nacional de Saúde Pública, Helga Freitas, reforçou que a primeira dose da Sputnik V tem o antigénio humano 26 e a segunda dose o antigénio humano 5, por isso “não pode nunca a pessoa estar imunizada com apenas uma dose”.
“As pessoas devem fazer a primeira e a segunda dose porque senão não estão imunizadas e não vamos conseguir ter uma imunização de grupo e alcançar a imunidade do nosso país, que é o que nós de facto pretendemos”, disse.
Helga Freitas referiu que foram administradas à comunidade chinesa, composta por cerca de 8.000 pessoas, a primeira e segunda doses da vacina chinesa Sinopharm.
De acordo com Helga Freitas, na quinta-feira começam a ser vacinados todos os órgãos de defesa e segurança, com a primeira dose da Sinopharm.
C/Lusa