Numa resposta escrita enviada à Lusa, a gestora referiu que “devido à greve convocada pelo SIIFF, Sindicato do Serviço Estrangeiros e Fronteiras, de 14 a 31 de agosto, nas horas de maior tráfego internacional, são expectáveis tempos de espera elevados no controlo de fronteira dos aeroportos de Lisboa, Porto, Faro, Funchal, Porto Santo e Ponta Delgada”.
A empresa garantiu que “fará tudo o que estiver ao seu alcance para mitigar os constrangimentos causados aos passageiros, a quem agradece desde já pela compreensão e colaboração”.
A ANA pede ainda aos passageiros para que “sempre que possível” e quando tiverem como destino países fora do espaço Schengen se dirijam “mais cedo ao embarque”.
Os funcionários da carreira de investigação e fiscalização do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras que trabalham nos principais postos de fronteira do país começam no sábado uma greve parcial que vai durar até ao final do mês, anunciou o sindicato, na quinta-feira.
Em comunicado, o Sindicato dos Inspetores de Investigação, Fiscalização e Fronteiras explicou que esta greve parcial decorre da falta de resposta do Governo quanto aos direitos destes inspetores na sequência da aprovação da proposta de lei que "prevê a dispersão de competências policiais do SEF pela PJ, PSP e GNR".
Fonte do sindicato adiantou à Lusa que a greve parcial será de duas horas por dia.
O sindicato considera que esta lei "ditará, inapelavelmente, o fim do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras", lembra que numa reunião em junho o ministro da Administração Interna definiu o final de mês de junho como data limite para apresentar um documento com "os termos em que se asseguravam os direitos" destes inspetores e lamenta que tal ainda não tenha acontecido.
"Até à presente data tal documento não chegou a este sindicato, tampouco foi indicado o motivo justificativo de tal omissão", sublinha.
O sindicato diz que o ministro tem conduzido este processo com "opacidade e leviandade" e repudia "a patente falta de compromisso por parte do Governo", considerando que coloca em causa a boa-fé do executivo em todo o processo de reestruturação e representa uma "clara intenção de extinção desta carreira policial".
"Perante esta postura do Governo, que continua a escusar-se em esclarecer os profissionais do SEF quanto ao seu futuro, resta-nos somente o recurso à contestação através dos meios legais de que dispomos", refere o sindicato, anunciando uma greve parcial dos funcionários da carreira de investigação e fiscalização entre 14 e 31 de agosto.
A Assembleia da República aprovou em julho a proposta do Governo que define a passagem das competências policiais do SEF para a PSP, GNR e Polícia Judiciária.