Considerando que “é mais seguro as crianças estarem na escola do que estarem em casa”, o presidente do Governo Regional da Madeira disse que, ele próprio, se sente mais seguro com os seus filhos mais novos na escola do que “em casa, em contactos ou concentrações".
Miguel Albuquerque falava aos jornalistas à margem de uma cerimónia realizada na praia Formosa, no Funchal, de instalação do novo cabo submarino de telecomunicações que vai ligar a Madeira ao continente português, em Sines, um investimento de 15,1 milhões de euros por parte da região.
Desde 13 de janeiro, as aulas presenciais no 3. ciclo e ensino secundário estão suspensas na Madeira. A medida decretada pelo Governo Regional está em vigor até dia 31.
Nas declarações aos jornalistas, o presidente do Governo Regional da Madeira adiantou ainda que, neste momento, estão em isolamento profilático apenas 3,5% do universo de 27 mil alunos e três mil professores e auxiliares dos 1.º e 2.º ciclos.
Além disso, acrescentou, “a experiência demonstra que o nível de infeção nas crianças até aos nove anos é residual”, sendo que na Madeira “não chega a 6%”.
Relativamente às atividades extracurriculares, Miguel Albuquerque recordou que as escolas estão a funcionar “a tempo inteiro” e que muitos alunos ficam nos estabelecimentos até às 16:30 ou 17:30.
“Isto é muito importante porque mantêm o convívio e os pais podem desenvolver com mais liberdade as suas atividades profissionais e pessoais e os alunos não perdem o processo de aprendizagem", salientou.
Questionado sobre a decisão anunciada na quinta-feira pelo primeiro-ministro de interromper a partir de sábado os voos entre Portugal e Reino Unido, com exceção daqueles que forem de natureza humanitária para repatriar cidadãos portugueses e britânicos, Miguel Albuquerque considerou tratar-se de uma medida "natural" porque "Portugal está com picos de infeção bastante elevados e o Reino Unido também".
A este propósito, Miguel Albuquerque revelou que o Conselho de Governo aprovou na quinta-feira a criação de "um corredor verde" nos aeroportos da Madeira para turistas britânicos ou de outros países que "estejam vacinados há cinco dias e tragam o respetivo certificado".
"É uma decisão que acho muito importante e que pode trazer um grande potencial aquando da retoma turística", referiu.