Em resposta ao deputado social-democrata Paulo Neves, o responsável informou estarem a decorrer estudos sobre os limites impostos desde 1965 à operação do aeroporto da Madeira, devido a ventos fortes.
“Entendemos que pode haver algum ganho, temos de estudar e já foram feitos recentemente testes da Airbus [fabricante de aviões] com os novos aviões para verificarem em que medida as novas tecnologias a bordo dos aviões respondem em termos de turbulência”, disse.
Aos deputados, Luís Ribeiro explicou que foram “feitas aproximações com ventos fora dos limites, sem passageiros, como devem ser feitos todos os testes”, sendo agora esperados os resultados destes testes de estabilidade, no âmbito de uma iniciativa da ANAC e envolvendo a Airbus e a transportadora TAP.
O deputado tinha assinalado as “consequências terríveis para a economia e população da Madeira” e que o aeroporto está maior e os aviões estão mais modernos.
Sempre ressalvando a importância da segurança, o social democrata questionou, porém, se é por “má vontade, incompetência ou falta de empenho” que não se faziam pelo menos testes.
Luís Ribeiro notou, contudo, que a aproximação pela cidade do Funchal não se alterou com as obras e que já foi feita a “modulação da própria ilha e do relevo da ilha para testes de túnel de vento”.
“A saída do relatório está por dias e a apresentação desse relatório está por dias. Esse relatório é uma das componentes do estudo que está a ser feito”, acrescentou o presidente da ANAC, referindo compreender a “frustração pelo prejuízo que a inoperacionalidade do aeroporto acarreta”, mas que esta administração avançou com estudos quando o problema foi colocado.
Estão ainda a avançar trabalhos nas estimativas quanto a investimentos em equipamentos que podem ser necessários.
“Serão cientistas, engenheiros e meteorologistas a dizer quando podem dar um parecer definitivo sobre as condições, não é uma vontade do presidente da ANAC estar a acelerar ou a desacelerar uma decisão”, argumentou Luís Ribeiro, que garantiu que a segurança dos passageiros não será colocada em jogo, nem será “transferida para outros [os comandantes dos aviões] a responsabilidade sem instrumentos para avaliarem os riscos que correm”.
LUSA