De acordo com as estatísticas rápidas do transporte aéreo de julho, o movimento de passageiros nos aeroportos nacionais recuperou em julho, mas está “ainda distante dos valores homólogos”, refere o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Os aeroportos do país registaram, no mês em análise, o movimento de 1,3 milhões de passageiros (embarques, desembarques e trânsitos diretos), o que representa uma queda homóloga de 79,5%, depois de diminuições de 94,6% em junho e 98,5% em maio.
No mês de julho aterraram nove mil aeronaves em voos comerciais nos aeroportos nacionais, o que representa uma diminuição de 61,8% face ao mesmo mês do ano passado, após quedas de 86% em junho e de 92,3% em maio.
“Analisando o número de aeronaves aterradas e o número de passageiros desembarcados diariamente entre janeiro e julho de 2020, e comparando com o período homólogo, é visível o impacto da pandemia de covid-19 e das medidas adotadas ao nível do espaço aéreo a partir do início da segunda quinzena do mês de março”, aponta o INE.
A partir do mês de julho, a entidade observou uma “ligeira recuperação”, apesar de ainda se registarem reduções superiores a 50% no número de aterragens e a 70% no número de passageiros desembarcados.
Já no que diz respeito ao primeiro semestre do ano, aterraram nos aeroportos nacionais 55,1 mil aeronaves em voos comerciais, o que corresponde a menos 58,4% face ao mesmo período do ano anterior.
No mesmo intervalo de tempo, foram movimentados 11,2 milhões de passageiros, uma queda de 67,3%.
O aeroporto de Lisboa movimentou 55% do total de passageiros (6,2 milhões) e registou um decréscimo de 65,2%.
Já o aeroporto de Faro foi o que evidenciou uma maior diminuição do número de passageiros movimentados entre janeiro e julho, com uma queda de 79,8%, quando considerados os três aeroportos com maior tráfego de passageiros em Portugal.
Quanto ao volume de passageiros desembarcados e embarcados em voos internacionais, nos primeiros seis meses do ano, França foi o principal país de origem e de destino desses voos, seguido do Reino Unido, que registou a maior redução do número de passageiros desembarcados e embarcados (quedas de 74,9% e 73,9%, respetivamente).
Espanha e Alemanha mantiveram-se em terceiro e quarto lugar na lista de principais países de origem e destino e a Suíça substituiu o Brasil na quinta posição.
Relativamente ao movimento de carga e correio nos aeroportos nacionais, em julho, totalizaram-se 9,6 mil toneladas, correspondendo a uma diminuição de 47,8%, face a julho de 2019 (tinha caído 54,1% em junho e 55,5% em maio).
Já entre janeiro e julho, registou-se uma diminuição de 31,1% do movimento de carga e correio, atingindo 80,7 mil toneladas.
O movimento de mercadorias no aeroporto de Lisboa representou 65,2% do total, atingindo 52,7 mil toneladas, uma queda de 38,2% face ao período homólogo.