“Olhar para a experiência do último ano e manter as principais decisões, foi assim que foi decidido em termos do acesso ao ensino superior”, afirmou Manuel Heitor, que foi hoje ouvido em audição regimental na comissão parlamentar da Educação, Ciência, Juventude e Desporto.
No ano letivo passado, o Governo implementou medidas excecionais no acesso ao ensino superior, designadamente ao nível dos exames finais do secundário, que naquele ano deixariam de ser contabilizadas na média da avaliação interna, servindo apenas como provas de ingresso.
Assim, os alunos puderam inscrever-se apenas nas provas das disciplinas necessárias para se candidatarem ao ensino superior, mas a medida prejudicou os estudantes que queriam ir a exame para melhorar a avaliação interna.
No entanto, e apesar da recomendação da Assembleia da República para que o Governo reverta essa impossibilidade, o executivo vai manter o mesmo modelo.
“Vamos manter, sobretudo, as alterações excecionais que foram feitas no ano passado. Temos que ter estabilidade mínima”, sublinhou Manuel Heitor.
Também o secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior sublinhou essa necessidade, respondendo assim à deputada Bebiana Cunha, do PAN, que levou à audição à questão particular da melhoria de nota.
“Certamente dará mais conforto às famílias”, disse João Sobrinho Teixeira, acrescentando que, apesar de não se tratar de uma “alteração de fundo”, manter o modelo excecional implementado no ano passado evita introduzir níveis de incerteza desnecessariamente.