Comparando os resultados de há cinco anos, quando Marcelo Rebelo de Sousa foi eleito pela primeira vez com 52%, com os de domingo, votaram menos 479.379 eleitores, quando ainda falta o apuramento de três consulados no estrangeiro.
De todas as reeleições (Mário Soares, Jorge Sampaio, Cavaco Silva), esta é aquela em que se perde menos votantes desde 1976.
Nas presidenciais com Mário Soares, de 1986 para 1991, votaram menos 838 mil eleitores, com Jorge Sampaio, de 1996 para 2001, votaram menos 1,3 milhões e com Cavaco Silva, de 2006 para 2011, votaram menos um milhão de eleitores.
Em números absolutos, mesmo faltando apurar os resultados em três consulados portugueses no estrangeiro, esta deverá ser a eleição presidencial com menos votantes e com maior taxa de abstenção.
Nesta eleição há um aumento do número de eleitores, em grande medida devido ao recenseamento eleitoral automático dos emigrantes com cartão de cidadão válido, que decorre de uma mudança à lei, feita em 2018.
Em 2016, eram 301.463 os eleitores inscritos no estrangeiro e este ano esse número subiu para 1.550.063.
A taxa de abstenção no estrangeiro, numa altura em que falta apurar os resultados em três consulados, é de 98,13%.
Em território nacional, continente e ilhas, a abstenção cifrou-se em 54,46%.
E é nos Açores onde se situam os quatro concelhos mais abstencionistas do país nestas presidenciais – Vila Franca do Campo (70,4%), Ribeira Grande (68,7%), Lagoa (67,7%), Vila do Porto (67,2%). O primeiro concelho do continente, o quinto na lista, é Melgaço (66,2%).