Com o parlamento húngaro como pano de fundo, o Papa Francisco deixou uma mensagem aos políticos que o encabeçam, no terceiro e último dia de visita.
É triste e dói ver portas fechadas, as portas fechadas do nosso egoísmo em relação àqueles que caminham diariamente ao nosso lado
Papa Francisco
Numa missa celebrada perante cerca de 50 mil pessoas, o Sumo Pontífice apelou "à abertura de portas", deixando mais uma vez bem clara a prioridade deste périplo, que foi o tema das migrações e do acolhimento aos refugiados ucranianos, num país conhecido pelas políticas de exclusão do primeiro-ministro Viktor Orbán.
"É triste e dói ver portas fechadas, as portas fechadas do nosso egoísmo em relação àqueles que caminham diariamente ao nosso lado, as portas fechadas do nosso individualismo, as portas fechadas aos que que são estrangeiros, diferentes, migrantes, pobres", declarou o Papa.
Mesmo assim, Francisco louvou o acolhimento dado aos refugiados ucranianos pelos católicos húngaros.
Durante a crise migratória de 2015, a Hungria ergueu barreiras nas suas fronteiras, com o chefe do executivo a invocar a proteção da "civilização cristã".