"Temos vindo a registar um número crescente de conterrâneos nossos que regressam da Venezuela, isso tem-se vindo a intensificar nas últimas semanas. É notório", disse.
Sérgio Marques falava à agência Lusa, na cidade de Maracay (100 quilómetros a oeste de Caracas) no âmbito de uma viagem de quatro dias à Venezuela, conjuntamente com o secretário de Estado das Comunidades Portuguesa, José Luís Carneiro.
"Estamos a tentar apurar o número das pessoas que tenham entrado na Madeira com rigor. Todos aqueles (cidadãos) que entram com passaporte português, não há um registo de entrada e por isso temos alguma dificuldade em apurar esse número. De qualquer foram eu estimo que entre 3.000 e 4.000 pessoas possam ter regressado da Venezuela", disse.
Por outro lado sublinhou esperar "que esse tenha sido um regresso temporário, porque o desejo das pessoas que têm chegado à Madeira, é que uma vez alterada a situação de crise política, económica e social que se vive na Venezuela possam ter condições para de novo retomar a normalidade das suas vidas aqui na Venezuela".
"Mas é um facto que temos já largas centenas de conterrâneos regressados à Madeira, e é óbvio que esta situação não é uma questão regional, é uma questão nacional, para que a Madeira possa da melhor forma apoiar o regresso de todos estes conterrâneos, tem que contar com a ajuda do Governo da República", frisou.
"Este é um problema nacional em que todos temos que assumir as nossas responsabilidades, seja o Governo da República, seja o Governo da Venezuela. O que foi dito pelo Secretário de Estado das Comunidades, em nome do Governo português, é que há uma disponibilidade do Governo da República em cooperar com o Governo regional da Madeira no sentido de serem encontradas as melhores formas para apoiar a integração dos conterrâneos que regressam da Venezuela", concluiu.