O memorando sobre a atividade do MP na comarca de Lisboa, que integras os municípios de Lisboa, Almada, Seixal, Barreiro, Moita e Montijo, refere que foram instaurados 23 inquéritos crimes contra profissionais de saúde e arquivados oito no ano passado.
Os dados apenas se referem à comarca de Lisboa, única a disponibilizar dados mais recentes, mas o relatório do Ministério Público de 2020 dava conta que se tinham registado nesse ano 90 novos inquéritos por crimes contra profissionais de saúde.
O MP alertava para a “tendência de aumento que se vem acentuando ao longo dos últimos anos”, frisando que foram abertos 76 inquéritos em 2019 e 70 em 2018.
Na madrugada de terça-feira, um grupo de pessoas agrediu dois profissionais de saúde e um segurança no serviço de urgências do Hospital de Vila Nova de Famalicão.
Dados divulgados em janeiro pelo coordenador do Gabinete de Segurança do Ministério da Saúde, indicavam que nos 10 primeiros meses de 2020 foram reportadas 752 situações de violência contra profissionais de saúde, mais 4% face ao período homólogo de 2020 e menos 24% relativamente a 2019, ano pré-pandemia.
A “grande maioria” destas situações reportadas são de violência psicológica, que representaram, em 2021, 63% das queixas, em 2020, 66%, e em 2019 57%”, adiantou o subintendente da Polícia de Segurança Pública Sérgio Barata.
Relativamente à violência física, afirmou que tem tido uma evolução decrescente. “Se em 2019 representava 23% das situações reportadas, em 2021 representou 17%”.