Em comunicado, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) dá conta de que o secretário-geral, Mark Rutte, vai receber o Presidente da Ucrânia e os dois principais representantes da União Europeia (UE) na residência oficial.
Não estão previstas declarações e também não há indicações sobre o assunto ou a hora de início da reunião.
Entretanto, Paula Pinho, porta-voz da presidente da Comissão Europeia disse que o encontro vai ser pela hora do jantar, sem adiantar mais detalhes.
Ainda que não seja conhecido o motivo da reunião, deverá estar relacionado com as negociações em curso, mediadas pelos Estados Unidos da América (EUA), para tentar chegar a um cessar-fogo e eventualmente um acordo de paz.
A primeira versão da proposta de acordo de paz, apresentada pelo Presidente dos EUA, Donald Trump, foi fortemente criticada pela Ucrânia, uma vez que contemplava a cedência à Rússia do território ucraniano ocupado desde 24 de fevereiro de 2022 e também a península da Crimeia (ocupada desde 2014), e a redução para metade do número de militares nas Forças Armadas da Ucrânia.
A União Europeia não só criticou estas propostas, como também lamentou a exclusão do bloco comunitário europeu de todo o processo que possivelmente desenhará a arquitetura de segurança da Europa nos próximos anos.
As autoridades ucranianas e russas encontraram-se com as de Washington em várias ocasiões e a Casa Branca está a redesenhar o plano, mas a UE continua a ser excluída.
Em simultâneo, os países da União Europeia têm duas semanas para chegar a acordo sobre o financiamento para a Ucrânia para 2026 e 2027.
Em cima da mesa está uma proposta apresentada na última quarta-feira pela Comissão Europeia com um enquadramento legal para a utilização dos recursos russos em território da UE que estão imobilizados por causa das sanções.
No entanto, a proposta não reúne consenso entre os Estados-membros do bloco político-económico europeu.
Dos 27 Estados-membros da UE, 23 são também Estados-membros da NATO e tanto a UE como a NATO concordaram em reforçar as sinergias em matérias de defesa e apoio à Ucrânia.
Lusa