“Não há ainda deliberações. Fizemos questão de iniciar o mandato trabalhando”, começou por dizer Pedro Calado, após o primeiro encontro do novo elenco governativo madeirense, o primeiro de coligação na estreia de um executivo insular de coligação PSD/CDS.
Após o primeiro Conselho de Governo, realizado na Quinta Vigia, no Funchal, o vice-presidente sublinhou que para o executivo regional conseguir “atuar bem no exterior tem de ter a casa devidamente organizada, consolidada e com procedimentos claros de funcionamento”.
“Queremos um governo a funcionar em bloco, unido. A liderança é do presidente [Miguel Albuquerque], com orientações muito claras já no terreno, a partir do primeiro dia de governação”, afirmou.
Pedro Calado defendeu a importância de existir “uma maior proximidade com a população e transmitir uma mensagem de confiança aos madeirenses e porto-santenses” de que o executivo está “para governar e essa governação começa já no primeiro dia”.
Entre os aspetos abordados na reunião, o vice-presidente mencionou a questão da orgânica, aspetos logísticos, de recursos humanos, novas instalações, nomeações, procedimentos legais e comunicação.
Também referiu que “existem assuntos pendentes que transitam de um governo para o outro”, realçando ser importante a “metodologia de trabalho e que haja uma boa comunicação” para o “funcionamento e dinâmica” que a presidência do executivo pretende imprimir.
Pedro Calado estimou que “dentro de duas a três semanas” as questões necessárias para o normal funcionamento do novo governo insular deverão estar concluídas e que existem algumas situações que “devem ser corrigidas”.
Uma das apostas do novo executivo insular é “uma maior e melhor coordenação" relativamente à forma "como é feita a comunicação para o exterior”, algo que vai ser definido nas próximas reuniões, estando previsto que cada secretaria regional tenha a informação a veicular “articulada com a presidência e o gabinete de comunicação social”.
O responsável também destacou que existem “assuntos pendentes com a República” que é necessário “dar continuidade e há assuntos correntes do dia a dia” do governo que não podem parar.
“Vamos retomar diálogo com a República sobre o financiamento do novo hospital, as taxas de juro do empréstimo, mobilidade aérea e marítima, subsídio de mobilidade”, apontou.
O XIII Governo Regional da Madeira, de coligação PSD/CDS, resultou das eleições de 22 de setembro, nas quais o PSD perdeu a maioria absoluta com que sempre governou a região.
O executivo liderado pelo social-democrata Miguel Albuquerque é composto por uma vice-presidência e nove secretarias regionais, duas das quais tuteladas por responsáveis centristas, nomeadamente a da Economia e Transportes Terrestres (Rui Barreto) e Teófilo Cunha (Mar e Pescas)
O executivo madeirense, que tomou posse terça-feira perante a Assembleia Legislativa da Madeira para o período 2019 – 2023, é composto ainda pelas secretarias regionais de Educação, Ciência e Tecnologia (Jorge de Carvalho); Saúde e Proteção Civil (Pedro Ramos); Turismo e Cultura (Eduardo Jesus); Inclusão Social e Cidadania (Augusta Aguiar); Ambiente, Recursos Naturais e Alterações Climáticas (Susana Prada); Agricultura e Desenvolvimento Rural (Humberto Vasconcelos) e Equipamentos e Infraestruturas (Pedro Fino).
O encontro do elenco governativo insular começou às 10:00 e durou mais de duas horas,
C/ LUSA