Para José Manuel Bolieiro, a Tarifa Açores, que entra em vigor na terça-feira, é "uma ousadia estratégica", que foi possível implementar assegurando "prioridades" na "gestão de orçamento".
"Não gastar dinheiro em desperdício e gastar dinheiro no que é estratégico", salientou o presidente do Governo dos Açores, de coligação PSD/CDS-PP/PPM, que falava durante as comemorações do 25.º aniversário da Escola Profissional da Ilha de São Jorge.
"Se é estratégico para nós a mobilidade interilhas (…), vou acabar com o desperdício, com as megalomanias, com os elefantes brancos das obras de betão, para apostar nesta ideia que vai muscular a economia, que vai muscular a identidade dos Açores e dos açorianos, que vai estimular o turismo interno e que vai estimular a necessidade", defendeu o chefe do executivo regional.
A Tarifa Açores consiste numa tarifa máxima de 60 euros, ida e volta, para residentes nas passagens aéreas entre as ilhas do arquipélago.
As reservas para estas viagens estão disponíveis deste sábado e, desde então, já foram feitas "cerca de 8.200 reservas", adiantou hoje o secretário regional dos Transportes, Turismo e Energia, Mário Mota Borges, citado em nota de imprensa.
O responsável pela tutela garantiu que, apesar da elevada procura, "a SATA tem soluções que podem passar pela reafetação da frota existente, ou o aluguer de aviões, visando acrescentar a oferta tal a procura o justifique".
Já o presidente do Governo Regional afirmou hoje que esta medida responsabiliza "a própria empresa (que), provavelmente, tem de adquirir mais aviões" e admitiu também a necessidade de "investimento público" para "apostar na valorização dos aeroportos e aeródromos, para que o horário de operacionalidade das pistas e dos aeroportos possa alargar".
Para o social-democrata, com a criação desta tarifa está-se "a virar uma página da história da mobilidade entre as ilhas".
Esta é uma medida que cumpre "o princípio da continuidade territorial e a solidariedade que resulta do desenvolvimento, que visa a coesão social, mas também a coesão territorial", destacou José Manuel Bolieiro.