“O Presidente Nicolás Maduro pediu-me para fazer o seguinte anúncio: estabelece-se uma mesa [de trabalho] entre o Governo nacional e o setor privado para que tragam produtos que possam ser utilizados para substituir os produtos importados por produtos nacionais, e nessa base desenvolver políticas para impulsionar a produção nacional”, disse.
Delcy Rodríguez, que também é ministra de Economia e Finanças, falava durante a sessão de abertura da 77.ª Assembleia Anual da Federação de Câmaras de Comércio da Venezuela (Fedecâmaras), a que assistiu como convidada especial.
A governante explicou que a mesa de trabalho faz parte das ações governamentais para garantir o fortalecimento da produção nacional e substituir as importações, sendo necessária “a participação dos setores económicos privados para desenvolver as potencialidades produtivas que a Venezuela tem".
Segundo Delcy Rodríguez, “é difícil compreender” o que acontece atualmente no país, “porque não se pode entender a economia venezuelana sem entender que é uma economia sob assédio e agressão económica externa”.
A governante recordou que os Estados Unidos e vários países aplicaram sanções contra a Venezuela, que alegadamente afetariam apenas os funcionários do Governo do Presidente Nicolás Maduro, mas os mecanismos financeiros estão limitados a nível internacional, afetando também os empresários privados.
“Há praticamente 35 países vítimas de agressões económicas (…) e a Venezuela, em apenas cinco anos, passou a ser o 6.º país com maior quantidade de pessoas jurídicas, naturais, públicas e privadas, sancionadas ilicitamente”, disse.
Para a governante, as sanções internacionais contra a Venezuela “constituem uma agressão internacional”.