A governante assegurou que a crise gerada pelas “502 medidas coercivas unilaterais” impostas pelos Estados Unidos e outros países levou o país a concentrar-se na produção e procurar mecanismos para emergir.
“No ano de 2021, a Venezuela deu os seus primeiros sinais de crescimento económico. Como foi feito? Com a consciência do nosso povo (…) As coisas não vêm por milagre, vêm pelo esforço do povo venezuelano que se dedicou à rota produtiva, passamos de importar 80% dos nossos alimentos para produzir 93% dos alimentos consumidos”, disse Delcy Rodríguez.
As mais de 500 sanções foram “muito direcionadas” à área do petróleo, finanças e alimentação, “foi a asfixia absoluta da Venezuela através destas medidas de extorsão económica”, sublinhou.
Por outro lado, a vice-presidente afirmou que a realidade atual gerou mudanças nos sistemas económicos mundiais e uma “nova economia”.
“Esta situação que o mundo vive hoje, a crise energética, a crise económica, é porque uma nova economia se está a formar”, observou.
A Venezuela, em plena recuperação económica após sete anos de declínio, prevê um crescimento entre 5 e 8% para 2022, segundo especialistas, que consideram que a melhoria será assimétrica nos diferentes setores e difícil de manter ao longo do tempo.
A atividade económica, que contraiu 80% desde 2013, responde positivamente a uma mudança nas políticas governamentais, que se abriu ao dólar, após anos de rejeição da moeda, e aos investidores privados, ao mesmo tempo em que reduz os controlos e as intervenções às empresas, como explicou à agência de notícias EFE o economista Giorgio Cunto.