“Há 276 presos políticos, 260 deles homens e 16 mulheres, 147 civis e 129 militares”, escreveu o diretor do FPV na rede social Twitter.
Segundo Alfredo Romero, entre os 276 presos políticos figutra um adolescente.
“Desde 2014, foram registadas 15.734 detenções políticas na Venezuela. O Foro Penal prestou assistência gratuita a mais de 12.000 detidos, hoje libertados, e a outras vítimas de violações dos direitos humanos”, precisou.
O dirigente da ONG acrescentou que o FPV, além dos presos políticos, “mais de 9.000 pessoas são ainda arbitrariamente sujeitas a medidas restritivas da sua liberdade”.
Entretanto o secretário-geral da Organização de Estados Americanos (OEA), Luís Almagro, anunciou, também através do Twitter que “a lista de prisioneiros está certificada pela OEA”.
Em 21 de maio último o Foro Penal pediu que os presos políticos na Venezuela não fossem usados como “peças de negociação” entre o Governo do Presidente Nicolás Maduro e a oposição aliada a Juan Guaidó, no âmbito da retoma de um eventual diálogo.
Segundo Alfredo Romero, qualquer negociação deverá passar pela “libertação de todos” os presos políticos e por garantias de que não haverá novas detenções desse tipo.
Em 13 de julho de 2021 o dirigente social Jairo Pérez e três familiares do político opositor Javier González, do partido Vontade Popular, foram detidos pelas autoridades, que os acusam de alegados vínculos com organizações criminosas que em finais de junho ocasionaram violentos confrontos com as forças de segurança em Caracas.
Estas detenções ocorreram um dia depois de as autoridades venezuelanas tentarem, sem sucesso, deter o líder político opositor Juan Guaidó, acabando por deter o ex-vice-presidente do parlamento, o oposicionista Freddy Guevara.
Segundo o Ministério Público da Venezuela Freddy Guevara será acusado dos crimes de “atentado contra a ordem constitucional, associação para cometer um crime e traição à pátria” por “ligações a grupos extremistas e paramilitares associados ao Governo colombiano”.
Entretanto, o presidente do parlamento (eleito em 2020 e de maioria “chavista”), Jorge Rodríguez, apelou ao Ministério Público para deter o chefe de gabinete da equipa de Juan Guaidó, Luís Somaza, e os dirigentes Emílio Graterón, Hasler Iglesias e Gilber Caro, do partido Vontade Popular (centro-esquerda).
Sábado, o Chile anunciou que a pedido de Juan Guaidó, acolheu na qualidade de hóspede, na residência da Embaixada chilena em Caracas, o dirigente da oposição venezuelana Emílio Grateról, após solicitação de detenção feita pelo regime.
Segunda-feira o dirigente político da oposição Gilber Caro anunciou, através do Twitter que continuaria a “lutar pela Venezuela, agora desde a clandestinidade” e que continuaria “firme perante as mentiras da tirania”, após ter sido acusado de conspirar para assassinar Nicolás Maduro e de envolvimento com grupos criminosos que participaram em violentos confrontos em Caracas.