Segundo a vice-Presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, a fase de prova do novo “semáforo da saúde” começou hoje no setor da restauração, seguindo-se hotéis, universidades e lugares públicos, para ir normalizando o comércio do país, setores que concentram grande número de pessoas.
“Foram autorizados 166 representantes de distintos setores comerciais, principalmente de restaurantes. Temos um programa-piloto que está a funcionar e que se habilitou em 133 pontos, que estará na porta (de entrada) do restaurante ou estabelecimento comercial”, explicou Delcy Rodríguez à televisão estatal venezuelana.
Segundo as autoridades venezuelanas, à porta dos restaurantes um profissional usará uma aplicação de ‘smartphone’ para identificar os clientes, após o que a plataforma gerará um “código QR” (código de barras de resposta rápida), que informará sobre o estado de saúde de cada cidadão, em matéria da Covid-19.
“Se a luz de alerta for vermelha, essa pessoa não pode entrar no sítio porque está contagiada com a Covid-19 e pode transmitir a doença”, explicou a vice-Presidente venezuelana.
O “semáforo da saúde”, pode ainda emitir luzes de duas outras cores: “verde, quando a pessoa (cliente) completou a vacinação (duas doses) contra a Covid-19 e pode entrar no estabelecimento” e “a luz amarela, quando está são, não se contagiou, mas não está vacinado”.
Para a consulta de dados a aplicação de telemóvel consulta a informação dos cidadãos, através do Sistema Pátria, plataforma usada pelo Governo venezuelano para, entre outras coisas, atribuir subsídios, medicamentos e alimentos a preços subsidiados à população carenciada.
O cidadão que não estiver registado no Sistema Pátria, poderá aceder aos locais se apresentar um cartão com a vacinação completa.
A aplicação identificará também os cidadãos que não têm a vacinação completa e testaram positivo nos 21 dias anteriores.
Mesmo com a vacinação completa, os clientes dos estabelecimentos comerciais estão obrigados a cumprir com as medidas de biossegurança (uso de máscara, distanciamento social e desinfeção das mãos) para entrar nos estabelecimentos comerciais.
A implementação do “semáforo da saúde” tem lugar a partir de 01 de novembro, data em que a Venezuela iniciará um período de flexibilização ampliada da quarentena preventiva da Covid-19, que deverá terminar a 31 de dezembro deste ano.
Os estabelecimentos comerciais necessitam de uma autorização das autoridades locais para usar o “semáforo da saúde”.
Desde março de 2020 que a Venezuela está em confinamento preventivo e atualmente tem um sistema de sete dias de flexibilização, seguidos de sete dias de confinamento rigoroso.
O país contabilizou 4.810 mortes e 400.511 casos da doença, desde o início da pandemia, de acordo com dados oficiais.