O CNE concordou em prolongar o período de candidaturas, previsto para terminar hoje, até quarta-feira, depois de ter analisado "meticulosa e serenamente" vários pedidos "de organizações políticas, de partidos" relativos à "possibilidade de ajustar o calendário de apresentação de candidaturas para facilitar o trabalho", afirmou, no sábado, o presidente do organismo, Pedro Calzadilla.
Esta decisão pretende "garantir, facilitar e permitir de maneira mais ampla a participação do maior número de organizações com fins políticos" nas próximas eleições venezuelanas, salientou o responsável, na televisão estatal venezuelana.
A data das eleições para governadores, presidentes de câmaras municipais e concelhos legislativos foi anunciada pelo CNE, em 14 de maio, altura em que foi definido o prazo para apresentação de candidatura, inicialmente entre 09 e 29 deste mês.
O CNE definiu também que modificações ou substituições de candidaturas podem ser feitas entre 08 e 22 de setembro, estando previsto em 26 de setembro um simulacro das eleições, em todo o país. A campanha eleitoral arranca em 28 de outubro e termina em 18 de novembro.
O ex-ministro da Educação venezuelano Pedro Calzadilha tomou posse, em 05 de maio, como presidente do CNE, depois de ter sido nomeado pela Assembleia Nacional da Venezuela, eleita em dezembro de 2020 e dominada pelo partido do chefe de Estado, Nicolás Maduro.
A direção do CNE integra ainda Tânia D’Amélio e Alexis Corredor, das forças políticas que apoiam Maduro, e Enrique Márquez e Roberto Picón, em representação da oposição.
Um setor da oposição venezuelana, aliada ao autoproclamado Presidente da Venezuela Juan Guaidó, não reconhece a atual direção do CNE.