“Não há qualquer conversa sobre qualquer nova dívida ou sobre a conversão de ajuda anterior em dívida”, uma vez que “não há lógica de ‘dívida’ nas propostas dos EUA ou da Ucrânia”, garantiu o vice-ministro da Economia ucraniano, Taras Kachka, em declarações à televisão ucraniana, noticiadas pela agência de notícias local Ukrinform.
No texto que está a ser tratado por responsáveis da administração Trump e do poder executivo liderado por Volodymyr Zelensky, “trata-se de quanto os Estados Unidos e a Ucrânia querem ganhar com investimentos”, acrescentou o responsável governamental ucraniano.
Segundo Kachka, tanto americanos como ucranianos entendem que o apoio a Kiev contra a Rússia “não é uma dívida, mas sim uma cooperação mutuamente benéfica”.
Na quinta-feira, soube-se que a Ucrânia e os Estados Unidos assinaram um memorando no qual Kiev e Washington aproximaram as suas posições e onde está expresso que os dois países querem criar “um fundo de investimento para a reconstrução”, como parte de uma aliança económica entre as duas nações.
“Este fundo, como instrumento financeiro, terá o direito privilegiado de investir numa vasta gama de instalações na Ucrânia, assim que surgirem oportunidades”, acrescentou hoje Taras Kachka.
“Em primeiro lugar, estamos a falar de minerais, mas também estamos interessados em investimentos americanos em infraestruturas: estradas, portos, energia”, detalhou.
De acordo com o responsável, que também desempenha as funções de representante comercial da Ucrânia, uma delegação ucraniana chegará a Washington na próxima quinta-feira para discutir o acordo.
O objetivo da viagem é concluir as discussões técnicas sobre o fundo de investimento para a reconstrução da Ucrânia, que será estabelecido no âmbito do acordo.
As equipas de negociação devem reportar o seu progresso até 26 de abril, com a intenção de “concluir as negociações até essa data e assinar o acordo o mais rapidamente possível”, de acordo com o texto do memorando.
Lusa