O novo pacote, o 33.º que os Estados Unidos da América (EUA) enviam a Kiev, inclui munições para o sistema de mísseis de longo alcance HIMARS e para os tanques Bradley, entre outro tipo de armamento, indicou o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, num comunicado.
“A Rússia poderia terminar hoje mesmo com a sua guerra. Enquanto não o fizer, continuaremos unidos à Ucrânia, fortalecendo o seu exército no campo e batalha”, assinalou o chefe da diplomacia norte-americana.
Na mesma nota informativa, Blinken sublinhou o “incrível compromisso” manifestado por mais de 50 países aliados que têm fornecido apoio à Ucrânia para que “defenda a sua soberania e a sua integridade territorial”.
Os EUA permanecem o maior doador de armamento e de outros apoios à Ucrânia, com uma verba que atinge até ao momento cerca de 30 mil milhões de dólares (cerca de 28 mil milhões de euros no câmbio atual).
O anúncio deste novo pacote coincide com a vista de Scholz a Washington, onde hoje irá manter um encontro na Casa Branca com o Presidente norte-americano, Joe Biden, também relacionado com a ajuda à Ucrânia.
Os EUA e a Alemanha, aliados na NATO, protagonizaram em fevereiro difíceis negociações sobre o envio pela primeira vez de tanques à Ucrânia, concluídas com a entrega de carros blindados Abrams por parte dos norte-americanos e tanques Leopard 2 pelos alemães.
Na véspera do encontro com o líder norte-americano, o chanceler alemão afirmou que Berlim está em linha com as posições de Biden sobre a NATO e que a deslocação a Washington tem como objetivo "estreitar a sintonia" face à invasão russa da Ucrânia.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa – justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
Lusa