O major-general na reserva Hugo Carvajal que, durante mais de uma década, aconselhou o então líder venezuelano Hugo Chávez e depois se afastou do seu sucessor, lutava contra a extradição desde que foi detido em Espanha, em abril de 2019.
Carvajal conseguira evitar a extradição para os Estados Unidos quando foi intercetado em Aruba, em 2014, com base nas mesmas acusações de Nova Iorque em que as autoridades espanholas atuaram. Na altura, regressou à Venezuela depois de escapar às autoridades locais e foi recebido como um herói.
Mas acabou por cortar relações com o Presidente venezuelano Nicolás Maduro, manifestando o seu apoio à oposição ao regime socialista de Maduro. E depois, abandonou definitivamente a Venezuela.
Os procuradores do ministério público nova-iorquino alegam que Carvajal usou o seu alto cargo para coordenar o tráfico de cerca de 5,6 quilos de cocaína da Venezuela para o México em 2006.
Carvajal também terá alegadamente fornecido armas às FARC (Forças Armadas Revolucionárias Colombianas), na Colômbia, de acordo com o Departamento do Tesouro norte-americano, e ajudado a financiar as atividades desse grupo de guerrilha facilitando o transporte de grandes quantidades de cocaína destinadas aos Estados Unidos através da Venezuela.
O Supremo Tribunal espanhol indicou que a polícia e os serviços prisionais de Espanha estarão encarregados da transferência de Carvajal para os Estados Unidos, mas não forneceram qualquer data.
Na semana passada, o Supremo Tribunal ordenou a extradição da antiga enfermeira de Chávez, que é acusada em Miami de branqueamento de dinheiro.