Num comunicado hoje divulgado, as estruturas disseram que a “proposta de revisão salarial do banco é inaceitável para os sindicatos da UGT, que contrapõem 6%”, lamentando que “à semelhança de outras Instituições de Crédito (IC)” o Montepio ignore “os bons resultados de 2023 quando se trata de compensar os trabalhadores”.
“Numa total inversão das regras negociais, os bancos recorrem à futurologia na revisão das tabelas para 2024, ao invés de considerarem os dados do ano anterior”, referiram.
Assim, numa reunião de negociações esta segunda-feira, o Mais, SBC e SBN “deixaram claro ao Montepio que a sua proposta de 2% de aumento salarial é inaceitável”.
Os sindicatos insistiram “na justeza da sua reivindicação de 6% nas tabelas e cláusulas de expressão pecuniária, tendo em conta a inflação de 2023, bem como os resultados do banco, obtidos com o esforço e profissionalismo dos seus trabalhadores”, salientaram.
Além disso, destacaram, “há anos que os trabalhadores vêm perdendo poder de compra, fruto de aumentos salariais sempre inferiores à taxa de inflação e sem qualquer acréscimo pela produtividade”.
As estruturas criticaram a argumentação do Montepio, ironizando que a instituição “repete a ladainha usada este ano pela banca”, que passa pelo “eventual menor crescimento económico, a eventual redução de pedidos de crédito de empresas e particulares, a eventual descida das taxas de juro do BCE – sem data prevista – que diminuirão o obsceno lucro obtido pelo diferencial entre os juros dos empréstimos face aos depósitos”.
Para os sindicatos, estes argumentos são “futurologia”.
Lusa