Em comunicado, o SEP avança que nos próximos dias vai entregar à nova ministra da Saúde, Ana Paula Martins, um caderno reivindicativo para exigir início de negociações com vista à resolução de problemas dos enfermeiros.
Entre os problemas, o SEP destaca a admissão de mais profissionais com contratos definitivos e a regularização das situações de precariedade, igualdade de direitos entre todos os enfermeiros independentemente do tipo de contrato e a valorização de todos os enfermeiros do setor público através da imediata negociação de uma alteração à carreira que integre um aumento salarial incluindo um regime remunerado de dedicação exclusiva e compensação do risco.
O sindicato que representa os enfermeiros exige também a contagem de todo o tempo de serviço perdido com a imposição do SIADAP (sistema de avaliação da administração pública), pagamento dos retroativos desde 2018 e a resolução de todas “as injustiças”, nomeadamente a exigência da colocação de todos os enfermeiros atualmente em posições virtuais, nas posições corretas da carreira.
Outras das exigências colocadas no caderno reivindicado do SEP são alterar o atual modelo de financiamento das organizações, mais autonomia para as administrações de cada uma das instituições e medidas de organização, funcionamento e investimento no Serviço Nacional de Saúde ao nível dos recursos humanos, dispositivos médicos e equipamentos com o objetivo de garantir que o diagnóstico, o tratamento e a reabilitação se concretizem no SNS.
A nova ministra da Saúde, Ana Paula Martins, exerceu o cargo de bastonária da Ordem dos Farmacêutico e presidiu durante um ano ao Hospital Santa Maria, em Lisboa.
O primeiro-ministro indigitado, Luís Montenegro, e os ministros do XXIV Governo Constitucional tomam posse na terça-feira e os secretários de Estado dois dias depois, estando o debate do programa de Governo marcado para 11 e 12 de abril.
Lusa