Este recurso, previsto num procedimento específico das Nações Unidas mas muito raramente utilizado, exclui a possibilidade de veto por um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança, e Moscovo não poderá portanto opor-se.
A aprovação desta resolução requer nove votos a favor dos 15 membros do Conselho de Segurança.
A reunião do Conselho, agendada para as 20 horas será a quarta, desde segunda-feira, sobre a invasão da Ucrânia pela Rússia.
O objetivo desta "sessão extraordinária da Assembleia Geral" será "fazer com que os 193 membros da ONU tomem uma posição" sobre o conflito e sobre "a violação da Carta das Nações Unidas", disse um diplomata, sob condição de anonimato, à France-Presse.
Depois de ter falhado uma resolução sexta-feira no Conselho de Segurança para condenar a invasão militar russa da Ucrânia, a qual a Rússia, enquanto membro permanente, vetou, um texto semelhante deverá ser apresentado na próxima semana à Assembleia-Geral da ONU.
Vários diplomatas disseram à AFP que esperavam uma maioria de mais de uma centena de membros da ONU a favor do texto.
Na Assembleia Geral da ONU, todos os 193 membros são iguais, sem direito de veto.
O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pediu hoje que seja retirado à Rússia o direito de voto no Conselho de Segurança da ONU, numa conversa telefónica com o secretário-geral da organização, António Guterres.
A Rússia invadiu a Ucrânia através da Bielorrússia ao norte, da Crimeia, território ucraniano que anexou em 2014, ao sul, e através do seu próprio território a nordeste e leste.
As autoridades ucranianas disseram hoje que pelo menos 198 pessoas foram mortas, incluindo civis, desde o início da invasão russa.
O ataque russo tem sido amplamente condenado em todo o mundo e vários países, com destaque para os ocidentais, aprovaram sanções económicas para punir o regime de Moscovo.