"A Rússia, ao contrário de muitos países ocidentais, incluindo os Estados Unidos, não se envolve em banditismo a nível estadual", disse o porta-voz da Presidência russa (Kremlin), Dmitri Peskov, comentando as denúncias do Presidente norte-americano, Joe Biden, que acusou Moscovo de estar a preparar ciberataques contra Washington e os interesses norte-americanos.
Biden disse que a Rússia está a "explorar opções" para lançar ciberataques contra os Estados Unidos e pediu ao setor privado norte-americano – que possui e administra a maior parte das infraestruturas essenciais do país – para agir com urgência no fortalecimento dos respetivos sistemas e mecanismos de segurança.
O Presidente norte-americano fez este alerta no início de uma semana em que se desloca a Bruxelas e depois a Varsóvia para tentar reforçar a resposta aliada à ofensiva russa em território ucraniano.
Algumas das medidas recomendadas pela administração norte-americana às empresas passam, por exemplo, pela aplicação de sistemas de autenticação multifator, pela contratação de profissionais de cibersegurança para detetar vulnerabilidades ou pela criptografia de dados para que estes não possam ser usados em caso de roubo.
A Rússia lançou, a 24 de fevereiro, uma ofensiva militar na Ucrânia, depois de meses a concentrar militares e armamento na fronteira com a justificação de estar a preparar exercícios.
A guerra já matou pelo menos quase mil civis e feriu cerca de 1.500, incluindo mais de 170 crianças, de acordo com as Nações Unidas.
Segundo a ONU, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.