“Eu não gosto de ser excessivamente otimista, porque há setores que foram muito descapitalizados, mas acho que temos condições para este ano assumirmos a recuperação integral da nossa economia e do nosso emprego”, disse.
Miguel Albuquerque falava na Assembleia Legislativa da Madeira, no primeiro debate da III Sessão Legislativa da XII Legislatura com a presença do executivo, proposto pela maioria PSD/CDS-PP, que suporta o governo de coligação, subordinado ao tema "a pandemia e o início da recuperação económica".
A iniciativa contou com o apoio das restantes forças com assento parlamentar – PS, o maior partido da oposição regional, JPP e PCP.
O chefe do executivo madeirense destacou o “comportamento exemplar” da população no cumprimento das restrições durante aos períodos mais críticos da crise pandémica, bem como a adesão ao processo de vacinação, e destacou também alguns setores que continuaram a crescer.
Albuquerque disse que o imobiliário fechou o ano de 2020 com 444 milhões de euros de volume de negócios e as empresas tecnológicas registaram 211 milhões de euros em 2019.
O setor agrícola fechou o ano de 2020 com 100 milhões de euros e o turismo, apesar de ter sido a atividade mais afetada, sinalizou em setembro de 2020 um crescimento superior a 50 milhões de euros face ao mês homólogo, e atravessa agora um período de retoma, já com 40 operações aéreas semanais oriundas de vários mercados.
O presidente do Governo Regional alertou, no entanto, para o impacto da “crise muito grave” que a Europa comunitária está a atravessar, devido a “erros relacionados com as políticas energéticas”, que se traduzem, por exemplo, numa dependência em 41% do gás natural da Rússia.
“A Rússia é uma ditadura e a saúde económica da Europa está nas mãos de uma ditadura”, advertiu, sublinhando que o custo da energia está a subir e a oferta de matéria-prima a diminuir. E reforçou: “Temos uma tempestade perfeita.”