Através da plataforma social Twitter, a ONG insta o CNE a dar prioridade à divulgação dos resultados eleitorais, sublinhando que é a única região do país em que os resultados ainda não são conhecidos e que já passou uma semana das eleições municipais e regionais de 21 de novembro.
“A reconstrução da via eleitoral passa por gerar espaços institucionais de resposta e respeito pela cidadania que viu no processo eleitoral uma oportunidade para se expressar. Como árbitro eleitoral, lhes corresponde abordar a situação em Barinas com prioridade”, afirmou a Voto Jovem.
Numa outra mensagem, a ONG referiu estar preocupada “pela situação em Barinas” e que “a quase uma semana do dia das eleições, não existe uma estratégia clara” para a divulgação dos votos.
“Instamos o CNE a garantir a vontade dos cidadãos que foi expressa em 21 de novembro”, sublinhou.
A Voto Jovem sublinhou ainda que “o respeito pela vontade popular é fundamental para gerar confiança entre os cidadãos venezuelanos, na reconstrução do processo eleitoral como espaço de encontro e organização”.
Segundo a imprensa venezuelana, os dados preliminares divulgados pelo Conselho Nacional Eleitoral, com 90% dos votos apurados, o candidato do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), Argenis Chávez (irmão de Hugo Chávez, que presidiu ao país entre 1999 e 2013), superava o candidato opositor Freddy Superlano, da Mesa de Unidade Democrática, com 673 votos de diferença.
No entanto, insiste que ganhou as eleições de domingo e que as atas que faltam confirmarão a sua vitória.
Entretanto o CNE anunciou que a Junta Nacional Eleitoral, será a responsável por confirmar “as atas em falta”.
Na segunda-feira passada, um dia depois das eleições regionais e municipais venezuelanas a Voto Jovem disse ter registado “mais de 755 reportes” de irregularidades durante o processo eleitoral.
Os venezuelanos foram no domingo às urnas para eleger as autoridades que nos próximos quatro anos vão dirigir os 23 estados e os 3.082 candidatos que vão exercer funções em 335 municípios do país.
Segundo o CNE, foram apresentadas 70.244 candidaturas, incluindo dos principais partidos de oposição, que no passado apelaram ao boicote dos processos eleitorais, considerando não existirem garantias de transparência.
O PSUV (partido do Governo) ganhou 19 dos 24 estados (incluindo o Distrito Capital) do país, nas eleições regionais e municipais, segundo dados divulgados pelo CNE.