O líder do CDS-PP da Madeira classificou hoje como “inaceitável” a recusa do ministro do Planeamento e das Infraestruturas em comparecer perante a comissão de inquérito à gestão da TAP na região autónoma, que decorre na Assembleia Legislativa Regional.
“O senhor ministro Pedro Marques recusou vir prestar esclarecimentos” perante a comissão de inquérito, apontou Rui Barreto, em conferência de imprensa, apontando que o governante nacional se “refugia em questões legais” para tomar esta posição.
Contudo, o responsável centrista insular sublinha que “nada o impede” e “não há justificação política para não” comparecer, até porque representa “todos os portugueses, incluindo os das regiões autónomas”.
Rui Barreto sustenta que o ministro tutela a área das infraestruturas e dos transportes e que a “transportadora tem o Estado como principal acionista”.
“Isto é demonstrativo do valor e do respeito que o PS tem pelas autonomias”, criticou.
A comissão de inquérito à gestão da TAP já ouviu vários responsáveis, incluindo o presidente da companhia, tendo ministro sido convocado com o objetivo de dar esclarecimentos sobre os “problemas com os preços das passagens aéreas, a revisão do subsídio social de mobilidade e os frequentes cancelamentos de voos entre o continente e a Madeira”.
Desde o início que o ministro se mostrou indisponível para apresentar-se perante esta comissão de inquérito da Assembleia Legislativa da Madeira, “argumentando que tinha solicitado pareceres jurídicos para saber se estava obrigado a deslocar-se”, recorda o CDS-PP.
Ainda refere que, de acordo com o seu gabinete, a Procuradoria-Geral da República terá informado o ministro de que "os membros do Governo da República não têm que prestar contas aos parlamentos regionais".
LUSA