Com base em informação recolhida junto da Direção Regional de Orçamento e Tesouro (DROT) relativa às receitas fiscais (em contabilidade pública) arrecadadas nos primeiros sete meses de 2021 observa-se uma redução de 9,7% em termos homólogos.
Para esta redução contribuíram quer os impostos diretos (-18,0%) quer os indiretos (-7,3%). Nos primeiros, o comportamento negativo do IRS-Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares (-11,0%) é explicado pela maior celeridade no processamento de reembolsos aos contribuintes comparativamente ao ano anterior, enquanto a quebra pronunciada no IRC – Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (-49,7%) resulta de pagamentos de reembolsos extraordinários relativos a períodos anteriores.
Nos impostos indiretos, destaque para o comportamento positivo do Imposto do Selo (+48,4%), que resulta de um maior controlo e regularização do imposto, a par do incremento das receitas provenientes de Operações Financeiras e do Imposto do Selo sobre transmissões gratuitas, bem como do Imposto sobre Veículos (ISV, +5,5%).
Com tendência negativa, estão o IT-Imposto sobre o Tabaco (-31,7%), o ISP-Imposto sobre Produtos Petrolíferos (-14,5%), o IABA-Imposto sobre o Álcool e Bebidas Alcoólicas (-14,4%) e o IVA-Imposto sobre o Valor Acrescentado (-7,4%).