Na intervenção do Conselho Nacional, que decorre à porta fechada e segundo relatos feitos à Lusa, o eurodeputado disse preferir que as eleições diretas ocorram em 27 de novembro – em vez de a 20, como defende Rio – para garantir todos “os direitos dos militantes”.
Rangel referiu-se ainda a uma nova proposta do eurodeputado José Manuel Fernandes, que apoia, que implicaria a realização de uma eventual segunda volta em 01 de dezembro, e o Congresso no fim de semana de 3 a 5 de dezembro, admitindo abertura para o realizar também de 10 a 12 de dezembro.
“Temos condições de sair daqui como um partido com uma imagem extraordinária”, defendeu, apelando para uma negociação entre as duas candidaturas para fixar estes prazos.
Rangel reiterou a recusa de suspender as eleições diretas até depois das legislativas – “vejam o que fez ao CDS, no PSD cilindrará o partido” -, pedindo que as candidaturas se “sentem e conversem”, recebendo muitas palmas nesta parte da intervenção.
Num Conselho Nacional muito participado – com mais de duas centenas de pessoas, entre membros eleitos, participantes e observadores -, Rangel defendeu que os portugueses “já perceberam que a opção para primeiro-ministro” é entre ele e Rui Rio.
“António Costa está fora de jogo”, afirmou.
Mostrando-se disponível para a antecipação de prazos de todo o calendário eleitoral, Rangel recusou, contudo, a proposta de Rui Rio para que votem todos os militantes ativos, mesmo sem a quota de dezembro paga, como determina o regulamento atual.
“As leis eleitorais não se mudam quando os processos eleitorais já começaram. Tudo o que tenha a ver com prazos devemos tentar mexer, tudo o que esteja fora disso, não devemos mexer”, defendeu, considerando que a data de 27 de dezembro permitiria “manter todos os direitos dos militantes”, incluindo manter o prazo limite de pagamento de quotas para 17 de dezembro.