"Se se confirmarem estas notícias, eu não tenho ainda conhecimento, confirmação, mas se se confirmarem, representam mais uma irresponsabilidade por parte do Presidente Putin, por parte das autoridades russas e que, naturalmente, não ficará sem a devida resposta”, disse à agência Lusa o chefe da diplomacia portuguesa.
João Gomes Cravinho considera que “a solução atual para se inverter e reverter a escalada é a retirada das forças russas dos territórios ocupados desde 24 de fevereiro”.
“Portanto, esperamos que a Rússia faça isso de forma voluntária porque já percebemos que no terreno começa a haver condições para a Ucrânia obrigar a Rússia a fazer isso, mesmo que a Rússia não o queira”, acrescentou.
João Gomes Cravinho, que falava no final da visita à exposição “Outras Lembranças, Outros Enredos”, que inaugurou e que é uma iniciativa no âmbito das comemorações do Bicentenário da Independência do Brasil, abordou ainda o recente encontro entre os Presidentes dos EUA, Joe Biden, e da China, XI Jinping relativamente à guerra na Ucrânia.
“Eu não acredito que a invasão da Ucrânia pela Rússia seja algo que corresponda aos interesses da China, não acredito que corresponda à forma que a China tem de olhar para a convivência internacional”, salientou.
“Naturalmente que a China tem uma relação de proximidade de muitos anos com a Rússia, mas acredito que haja uma profunda insatisfação no relacionamento entre a China e a Rússia”, frisou.
Um alto funcionário dos serviços de informações dos Estados Unidos disse hoje que mísseis russos caíram na Polónia, país membro da NATO, incidente que causou a morte a duas pessoas.
O porta-voz do Governo polaco, Piotr Mueller, não confirmou imediatamente esta informação, mas referiu que os principais líderes estavam a realizar uma reunião de emergência devido a uma “situação de crise”, noticiou a agência Associated Press (AP).
O primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, convocou com urgência a Comissão de Segurança Nacional da Polónia após estes relatos, mas o porta-voz do Governo exortou os meios de comunicação a não publicarem “informações não confirmadas”.
Lusa