"Assumimos que a situação irá estabilizar-se e que podemos desenvolver essas áreas pacificamente", disse Putin durante uma reunião transmitida pela televisão russa.
Putin assegurou hoje que o resultado dos "referendos" de anexação "não apenas provocou satisfação, mas também surpreendeu", dadas as "condições difíceis" no local.
"O resultado é mais do que convincente, é absolutamente transparente e sem dúvidas", garantiu Putin.
As forças ucranianas continuam a sua contra-ofensiva e reivindicam novas vitórias no leste e no sul, nas áreas recentemente anexadas pela Rússia.
Putin promulgou hoje a anexação à Rússia das regiões ucranianas de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia, de acordo com dois decretos publicados no portal oficial russo de informações jurídicas.
No início desta semana, os tratados de anexação dos quatro territórios à Rússia também receberam aprovação das duas câmaras do Parlamento russo.
Vladimir Putin formalizou na sexta-feira passada, em Moscovo, a anexação das quatro regiões ucranianas, áreas parcialmente ocupadas pela Rússia no leste e sul da Ucrânia, após a realização de referendos, considerados ilegais por grande parte da comunidade internacional.
A ofensiva militar lançada em 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas – mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,5 milhões para os países europeus –, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa – justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.114 civis mortos e 9.132 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.