"Estamos a dez dias do final da atual concessão e não sabemos qual o resultado do concurso da linha aérea e vivemos um impasse, sem saber qual é o vencedor do concurso internacional", disse em conferência de imprensa o deputado social-democrata Bernardo Caldeira, eleito pelo Porto Santo.
O deputado realçou que a situação acarreta "imensas dificuldades" para a população e para a economia da ilha e alertou para o facto de algumas operações turísticas de inverno terem sido afetadas.
"Convém lembrar que o Governo Regional iniciou este processo em junho de 2016, para evitar atrasos no concurso, mas pura e simplesmente, por irresponsabilidade e imaturidade e desleixo do Governo da República a situação hoje não está resolvida", afirmou Bernardo Caldeira, vincando que dentro de dez dias o Porto Santo ficará, pela primeira vez na história, sem ligação aérea.
As viagens aéreas entre Porto Santo e a Madeira estão concessionadas à Aerovip, empresa que faz parte do grupo Sevenair, sendo que o prazo já foi prorrogado por um ano e termina no início de junho.
"A própria empresa que está a laborar e os seus trabalhadores não sabem o que irá acontecer dentro de onze dias", advertiu Bernardo Caldeira, revelando que o PSD ficou "insatisfeito e dececionado" neste aspeto com a visita do primeiro-ministro à Madeira, no dia 21 de maio.
"Este Governo da República e o primeiro-ministro, António Costa, ficarão na memória dos porto-santenses como os primeiros que desrespeitaram e desprezaram uma ilha que é parte do território português", realçou.
LUSA