O projeto liderado pelo independente Paulo Cafôfo, vai ficar para sempre na história do PS Madeira. O ex-presidente da câmara do Funchal pôs fim a um ciclo de maiorias absolutas do PSD, iniciado com a história da autonomia. O PS obteve 51.207 votos, quase quadriplicou o número de votos, e conquista 19 lugares num hemiciclo com 47 assentos parlamentares.
Nos últimos 20 anos o percurso do PS Madeira tem tido mais baixos do que altos.
Em 2000, quando a Assembleia Legislativa da Madeira tinha 61 lugares, o PS teve apenas direito a 13 deputados (21%).
Em 2004, o PS Madeira foi novamente o segundo partido mais votado, obtém 27,4% dos votos e elege 19 deputados, o mesmo número que este ano mas num parlamento mais alargado (61 parlamentares).
Em 2007, já com um hemiciclo reduzido a 47 assentos, o PS inicia um ciclo de queda. Com uma votação de 15,4% dos votos os socialistas ficaram reduzidos a 7 deputados.
Em 2011 nem a polémica da ‘dívida oculta’ fez com que os socialistas vissem aumentar o número de votos. Alcança 11,5% e 6 lugares.
Em 2015 a aposta a numa coligação, com o PAN, com o PTP e com o MPT, ficou muito aquém das expetativas socialistas. O PS volta a baixar e obtém 11,4%, fica reduzido a seis lugares e vê o CDS subir a segunda força política mais votada na Madeira (com 7 deputados).
Depois da ‘queda’, o PS fez história não pelo número de deputados mas por ter conseguido tirar a maioria absoluta do PSD na Madeira, forçando assim um Governo Regional de coligação, ainda por definir.