O presidente da Comissão Regional do PS/Madeira, Bernardo Trindade, criticou ontem a proposta de Orçamento regional para 2019, por não contemplar medidas de apoio à atividade económica e defendeu a necessidade de reforçar a competitividade das empresas.
"Neste Orçamento regional, verificamos a ausência de medidas de estímulo à atividade económica, quer em sede das empresas, com redução da taxa de IRC, quer noutro aspeto muito importante, que tem a ver com o IRS, ou seja, a redução da carga fiscal e o aumento do rendimento disponível das famílias", afirmou.
Bernardo Trindade, que falava após a reunião da Comissão Regional do partido, no Funchal, vincou que é tempo de "retomar a capacidade fiscal" que a região perdeu com a intervenção da ‘troika’ e vertê-la nas empresas, nos madeirenses e nos porto-santenses.
O responsável referiu, por outro lado, que a região autónoma vive um momento político único, com a circunstância de o PS assumir-se como uma "alternativa profundamente solicitada" pelo eleitorado e com "capacidade para poder ganhar as eleições regionais do próximo ano".
O presidente da Comissão Regional do PS disse que algumas medidas previstas no Orçamento regional, proposto pelo executivo liderado pelo social-democrata Miguel Albuquerque, são positivas, mas indiciam receio numa vitória da oposição, nomeadamente a redução dos passes sociais e das creches e a contagem do tempo laboral dos professores.
"São medidas sociais que têm impacto. Aquilo que nós questionamos é a oportunidade. Porque é que não se fizeram há três ou quatro anos?", questionou Bernardo Trindade.