“O parlamento aprovou hoje o aumento das pensões proposto pelo PS e nós congratulamo-nos com esta aprovação. Ficam a ganhar os reformados em Portugal. Lamentamos apenas que esta aprovação tenha sido feita com o voto contra da coligação que governa Portugal”, disse Pedro Nuno Santos aos jornalistas poucas horas depois da aprovação, na especialidade, desta proposta no âmbito do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025).
Para o líder do PS, o país tem o dever de, “à medida que tem capacidade financeira e orçamental, ir melhorando as reformas e os rendimentos dos seus pensionistas”.
“Nós tínhamos essa obrigação, o país tem essa capacidade, e tal como nós fizemos no passado, quando fizemos seis aumentos extraordinários e permanentes das pensões, nós chegámos à conclusão óbvia de que haveria capacidade financeira para fazer um novo aumento sem pôr em causa o equilíbrio das contas públicas”, enfatizou.
Pedro Nuno Santos respondeu aos jornalistas que não é o “cálculo político” que preside à decisão de apresentar propostas porque “a política existe para resolver o problema das pessoas” e essa é a “principal preocupação” do PS.
“Mas nós não temos dúvidas que os mais velhos em Portugal, os reformados e os pensionistas sabem quem é que tem ao longo dos anos, e não é de agora, estado ao seu lado e, portanto, o Partido Socialista. Sabem que este aumento é proporcionado por uma proposta do Partido Socialista, com o voto contra dos partidos que apoiam o governo. Eu não tenho a menor dúvida que, da mesma forma que nós sabemos, os pensionistas também sabem”, enfatizou.
Segundo o líder do PS, este é um “aumento importante, que não põe em causa o equilíbrio das contas públicas”, mas que melhora o rendimento dos pensionistas que “continuam infelizmente a ter pensões muito baixas apesar dos aumentos que foram sendo feitos ao longo dos últimos anos”.
“O Governo não é mais responsável do que nós, tem é um olhar diferente para quem trabalhou uma vida inteira, neste caso os reformados”, comparou.
Pedro Nuno Santos defendeu que o Governo liderado por Luís Montenegro “não tem grandes argumentos para contestar este aumento” de pensões, criticando a opção do executivo que faria com que os reformados estivessem “à espera da Festa do Pontal para saber se têm direito a um subsídio pontual”.
Segundo o líder do PS, o aumento proposto pelo PS é “para sempre”, porque é estrutural e permanente, mas o Governo “não tem o argumento sobre as contas públicas se quiser ser coerente” porque a redução de receita do IRC também é uma “perda permanente, todos os anos”.
“Este aumento que o PS conseguiu aprovar é inferior a esse valor que estão disponíveis a perder todos os anos com a redução de um ponto do IRC”, comparou, considerando que se opõem “duas formas de ver a política e a sociedade”.
O aumento adicional das pensões em 1,25 pontos percentuais, proposto pelo PS, que vai somar-se à atualização regular anual das reformas, foi hoje aprovado durante as votações na especialidade do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025).
Lusa