"Não só rejeitamos a imposição colonial a partir de Lisboa, mas vamos combater politicamente, com todas as nossas forças, os comunistas e socialistas locais e os seus apêndices sorridentes, que estão, aqui, ao serviço do colonialismo de Lisboa para subjugar de novo o povo madeirense. Não passará", disse Miguel Albuquerque na sessão de abertura do congresso.
O líder social-democrata considerou que a sociedade madeirense está bipolarizada politicamente entre os "autonomistas" do PSD/M e os "feitores do colonialismo lisboeta, os socialistas e os comunistas locais subordinados às ordens do poder central jacobino".
"Por isto não há, nem nunca haverá acordos, transigências ou pactos com comunistas, bloquistas e socialistas locais", declarou.
Para Miguel Albuquerque, "o caminho é só um, o da defesa dos madeirenses e porto-santenses, em todos os momentos e em todas as circunstâncias".
"Aqui [Madeira], enquanto nós estivermos, Lisboa não manda, nem vai mandar, nunca vai mandar", insistiu.
Realçando que o PSD/M é "um partido de combate", de "não acomodados" e que não foi feito para "medrosos, Miguel Albuquerque apelou para o combate contra as "emergências das novas estratégias centralistas a partir de Lisboa", com "o seu rol habitual de discriminação, de iniquidades e de injustiças contra o povo madeirense e porto-santenses".
O recém-empossado presidente do PSD/M pediu ainda uma salva de palmas para o presidente honorário do partido, Alberto João Jardim, que governou a Madeira durante 38 anos.
"Peço uma saudação a este grande madeirense, Dr. Alberto João Jardim, por tudo o que fez pelo nosso partido e pelo nosso povo", pedido que foi seguido, de pé e de forma demorada, por uma plateia de mais de 700 militantes.
Miguel Albuquerque chamou ainda a atenção para as três eleições que a Região vai enfrentar, destacando que os adversários serão os socialistas e os comunistas locais "ao serviço do jacobinismo centralista".
C/LUSA