“O Presidente da República saúda a atribuição pelo Parlamento Europeu do Prémio Sakharov para a Liberdade de Pensamento 2022 ao corajoso povo da Ucrânia, representado pelo seu Presidente, líderes eleitos e sociedade civil, em justo reconhecimento pela sua luta, sacrifício e resiliência na defesa inabalável do seu país e dos valores da liberdade e da democracia, e no respeito pelo direito internacional”, lê-se numa mensagem de Marcelo Rebelo de Sousa.
A nota foi publicada na página oficial da Presidência da República na internet.
O “corajoso” povo ucraniano foi o vencedor do Prémio Sakharov 2022, como anunciou na quarta-feira, em Estrasburgo, a presidente do Parlamento Europeu (PE), Roberta Metsola.
“Em 2022, o Prémio Sakharov para a Liberdade de Pensamento foi atribuído ao corajoso povo ucraniano, representado pelos seus líderes eleitos e sociedade civil”, anunciou Metsola, perante a sessão plenária do PE.
“O prémio é para os ucranianos que lutam no terreno. Para aqueles que foram forçados a fugir. Para aqueles que perderam familiares e amigos. Para todos aqueles que se erguem e lutam por aquilo em que acreditam. Sei que o corajoso povo da Ucrânia não vai desistir e nós também não”, afirmou Roberta Metsola.
O prémio, segundo um comunicado do PE, distingue "os esforços do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky em conjunto com os papéis desempenhados por outros indivíduos, representantes de iniciativas da sociedade civil e instituições estatais e públicas".
O PE destacou como exemplos os Serviços de Emergência do Estado (SES) da Ucrânia, Yulia Pajevska – fundadora da unidade médica de evacuação "Anjos de Taira" ("Angels of Taira”) -, Oleksandra Matviychuk, ativista e advogada para os direitos humanos; o Movimento de Resistência Civil da Fita Amarela (“The Yellow Ribbon Civil Resistance Movement”) e o presidente da Câmara da cidade de Melitopol, Ivan Fedorov, que atualmente se encontra ocupada pelas forças russas.
Em 2021, o prémio foi atribuído ao líder da oposição russo, Alexei Navalny, pela sua luta contra a corrupção e os abusos de poder no Kremlin, que foi representado pela filha por estar detido na Rússia.
O galardão, que honra o físico e dissidente político Andrei Sakharov, é atribuído anualmente pelo Parlamento Europeu desde 1988, no valor de 50 mil euros.