“Talvez em abril, não ainda em março, e a partir daí é só começar a preparar. Já podia ter sido o ano passado, mas depois não calhou, por causa de um compromisso internacional (…) provavelmente será no verão ”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, antes de iniciar um jantar com refugiados ucranianos que estão a tirar o curso de cozinha, em parceria com a Associação Mezze, na Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa.
O chefe de Estado reiterou o apoio de Portugal à Ucrânia, que hoje completa um ano de conflito militar com a Rússia, nomeadamente no setor humanitário, financeiro, militar, lembrando o apoio já anunciado pelo Governo.
“Pode ser que no futuro tenhamos condições para ir mais longe”, no apoio à Ucrânia, admitiu Marcelo Rebelo de Sousa, precisando referir-se a “outro tipo de meios letais de intervenção e de munições”.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas – 6,5 milhões de deslocados internos e mais de oito milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Neste momento, pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa – justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra, há exatamente um ano, 8.006 civis mortos e 13.287 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
Lusa