“É uma velha aliança, a mais antiga aliança [diplomática do mundo], e na expressão parlamentar é possível fazer mais, de modo a trocarmos experiências, estreitarmos as relações entre parlamentares, de modo a que se possam criar sinergias mais fortes no que diz respeito ao conhecimento”, afirmou à Agência Lusa.
Aguiar-Branco entende que o intercâmbio com outros parlamentos permite “ter deputados com melhor conhecimento das matérias, com melhor conhecimento das políticas internacionais, com melhor conhecimento daquilo que se passa em relação aos países com quem Portugal tem relações bilaterais”, reforçando “a dimensão do conhecimento que os parlamentares portugueses podem ter para tomar decisões”.
O presidente da Assembleia da República portuguesa realiza na quarta-feira uma visita oficial ao parlamento britânico a convite do homólogo, o ‘speaker’ da Câmara dos Comuns, Lindsay Hoyle.
Na comitiva parlamentar estão o presidente da Comissão de Defesa Nacional, deputado Pedro Pessanha, a vice-presidente da Comissão dos Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas, deputada Elza Pais, e o vice-presidente da Comissão dos Assuntos Europeus, deputado Ricardo Carvalho.
Aguiar-Branco adiantou que vai visitar Hoyle a visitar oficialmente Portugal, algo que seria inédito.
“Estou muito esperançoso que esta visita signifique um passo diferente na qualidade da relação entre o parlamento português e o parlamento britânico”, disse à Lusa.
À chegada à capital britânica, Aguiar-Branco participou hoje numa receção com alguns membros da comunidade portuguesa na Embaixada de Portugal, num esforço de se aproximar dos nacionais residentes no estrangeiro.
O presidente da Assembleia da República quer que os emigrantes “sintam que o Parlamento é o Parlamento delas também”.
Questionado sobre as próximas eleições presidenciais, e o facto de só permitirem o voto presencial, Aguiar-Branco reconheceu a dificuldade que muitos residentes no estrangeiro têm em se deslocar às mesas de voto situadas apenas em certos postos diplomáticos e reiterou o apoio a alterações que favoreçam uma maior participação, como o voto eletrónico.
“Eu acho que hoje, com as novas tecnologias, com a dimensão que permite criar condições com mais facilidade, com mais segurança, para que esse exercício do direito de voto se possa fazer realmente expressando a vontade daquele cidadão eleitor, eu acho que temos de trabalhar nesse sentido”, disse.
Lusa