Depois de em 2016 a sua candidatura ter conseguido "152 mil votos", o regresso na eleição presidencial surge para "combater os populismos e a abstenção", centrando o seu foco na participação dos idosos no ato eleitoral previsto para janeiro de 2021, sublinhou Tino de Rans.
"Toda a gente sabe que em janeiro o frio é ‘de rachar’ e as eleições estão marcadas para essa altura, sendo que nessa altura podemos ter a pandemia da covid-19 e a epidemia da gripe e não podemos permitir que os idosos possam faltar ao voto por estarem enfraquecidos ou com medo", observou o agora oitavo pré-candidato conhecido.
E prosseguiu: "que a opinião pública exija que as eleições não sejam em janeiro, pois já participei em muitas mesas eleitorais e nas mesas dos idosos a afluência era de 80% e na dos jovens votam 150 a 200 em cada mil. Se em janeiro continuar a haver pandemia, os filhos não irão levar os pais a votar e corre-se o risco de na eleição presidencial votar apenas 20% ou 25% do eleitorado".
Tino de Rans manteve o tom crítico recuperando uma polémica recente em que "todos estiveram muito preocupados com o Avante!, mas esquecem-se de que em janeiro vão votar oito milhões de portugueses, sendo que cerca de 35% deles são idosos", assinalando ser ele "o primeiro português a falar nisso".
Questionado pela Lusa se tinha consultado a Constituição Portuguesa, Tino de Rans advertiu que esta "não é eterna e pode ser mudada pelos políticos, assim haja bom senso e responsabilidade".
Neste contexto avançou que "março ou abril, na primavera, seria mais fácil para os idosos votarem, pois se insistirem em votar em janeiro vão retirar-lhes um dos poucos direitos que têm e, então, será uma vergonha", disse.
"Apelo ao primeiro-ministro, aos partidos políticos, ao Presidente da República para que intervenham, pois é a democracia que está em causa e o resultado pode sair inquinado", insistiu o candidato.
Sobre o desfecho da eleição o candidato do partido RIR – Reagir Incluir Reciclar avançou com uma convicção: "não sei se vou ter muitos ou poucos votos, mas de uma coisa tenho a certeza, vão ter de m pôr nas sondagens, nos debates depois de há cinco anos me terem chamado o candidato provisório, o outro? ".
A seis meses do fim do mandato do atual Presidente da República, são já oito os pré-candidatos ao lugar de Marcelo Rebelo de Sousa, apesar de o nome de um deles ainda ser uma incógnita.
As candidaturas a Presidente da República só são válidas depois de formalmente aceites pelo Tribunal Constitucional, e após a apresentação e verificação de um mínimo de 7.500 e um máximo de 15.000 assinaturas de cidadãos eleitores, até trinta dias antes da data da eleição, que deverá realizar-se no final de janeiro do próximo ano.