Francisco Alegre Duarte falava após uma visita ao navio-patrulha oceânico “Viana do Castelo”, no porto de Luanda, que será visitado em 7 de maio pelo almirante Gouveia e Melo, descrevendo-o como “um belo exemplo da excelência da engenharia naval portuguesa”.
“A cooperação no domínio da Defesa é um dos eixos estruturantes da nossa relação bilateral e, nesse contexto, o reforço dos laços entre Marinha portuguesa e Marinha angolana é uma das áreas mais promissoras na qual devemos apostar”, afirmou o diplomata.
O embaixador destacou que as atividades a realizar durante o período em que o navio se encontra em águas territoriais angolanas visam contribuir para o reforço destes laços, dando a conhecer as capacidades e valências de um dos navios mais recentes da Marinha Portuguesa.
A culminar esta estadia, o NRP “Viana do Castelo” vai receber, no sábado, o almirante e chefe de Estado-Maior da Armada Portuguesa, Gouveia e Melo, e uma demonstração das capacidades dos ‘drones’ da Marinha Portuguesa, anunciou.
“Creio que estes contactos e estas trocas de experiências entre as duas Marinhas podem ser muito úteis para reforçar as capacidades da Marinha angolana, de modo a robustecer o seu papel regional, nomeadamente numa área crítica como o golfo da Guiné”, vincou Francisco Alegre Duarte.
O diplomata destacou as ações de cooperação com a Marinha de Guerra angolana entre as quais operações de mergulho, treinos cruzados entre fuzileiros portugueses a angolanos, palestras e exercícios de combate a incêndios.
A Marinha Portuguesa desenvolve anualmente a “Iniciativa Mar Aberto”, empregando na costa ocidental africana e na região do golfo da Guiné meios navais em ações de cooperação no domínio da Defesa.
Neste âmbito, o NRP “Viana do Castelo” atracou em 27 de abril de 2022 no porto do Lobito, marcando o início de um conjunto de atividades, inseridas nesta iniciativa, e tendo atracado hoje no porto comercial de Luanda.
A guarnição do navio conta com mais de 4.000 milhas percorridas e durante o período de navegação foi possível garantir o treino da equipa do pelotão de abordagem dos fuzileiros, bem como a realização de operações de voo com o veículo aéreo não tripulado “Spyro”, do destacamento de ‘drones’ da Esquadrilha de Helicópteros da Marinha Portuguesa.