"A Porto Santo Line não só cumpre o contrato integralmente, como vai mais longe", afirmou Duarte Rodrigues, durante uma audição parlamentar na Assembleia Legislativa da Madeira, requerida pelo PCP.
Os comunistas pretendiam analisar as alternativas para as ligações marítimas no mês de janeiro, época em que o Lobo Marinho se encontra em doca seca para manutenção, tendo o deputado Ricardo Lume alegado que o contrato de concessão não está a ser cumprido, na medida em que a empresa não garante a continuidade do transporte por mar nesse período.
O administrador da Porto Santo Line explicou, no entanto, que nessa altura a empresa assume o custo do transporte diário de 50 passageiros por dia por via aérea nos dois sentidos, ao mesmo preço do navio (19,40 euros), bem como o transporte de mercadorias com recurso a um porta-contentores e um avião cargueiro.
"A falta de mercadorias nas prateleiras do Porto Santo deixou de existir", disse, indicando, por outro lado, que o custo da paragem do Lobo Marinho em doca seca é de 1,2 milhões de euros por ano.
Duarte Rodrigues explicou, ainda, que um navio de substituição para o mesmo período ia representar um investimento de 1,3 milhões de euros.
"É um valor particularmente elevado, até insuportável, tendo em conta o valor que os residentes pagam pelo transporte aéreo naquela altura", disse.
A oposição insistiu, porém, no facto de o contrato de concessão da linha não estar a ser cumprido na totalidade, na medida em que não respeita a alínea que obriga a Porto Santo Line a assegurar o transporte marítimo todo o ano, pelo que sugere ao Governo Regional a sua revisão.
LUSA