“Três civis, Hassan Hussein, a sua mulher Rouwaida e o seu filho de 25 anos Ali Hussein, foram mortos num ‘raide’ inimigo que atingiu uma casa de três andares em Hula”, indicou a agência noticiosa. A ANI adiantou que prosseguiam operações de busca nos escombros.
Desde o reinício do conflito israelo-palestiniano e a invasão militar israelita da Faixa de Gaza, motivada pelo ataque de 07 de outubro do movimento islamita Hamas, que o Hezbollah libanês desencadeia ataques com lança-foguetes e mísseis contra posições militares israelitas na fronteira, em apoio ao aliado palestiniano.
Israel responde com ataques terrestres e aéreos contra posições do poderoso movimento xiita libanês e ataques dirigidos contra diversos dos seus responsáveis.
Pouco antes do ‘raide’ contra Hula, o Hezbollah disse ter visado a cidade israelita de Kyriat Shmona, perto da fronteira, com “armas apropriadas”, “em reposta às agressões israelitas contra habitações civis, designadamente o ataque contra a cidade de Bint Jbeil”.
O Hezbollah também reivindicou hoje diversos ataques contra posições militares israelitas junto à fronteira comum.
Na segunda-feira, segundo o Exército israelita, um trabalhador agrícola estrangeiro foi morto do lado israelita por um míssil disparado a partir do Líbano, e três membros de uma equipa de socorristas filiados no Hezbollah foram mortos num ataque israelita, segundo a formação libanesa.
Na segunda-feira, o enviado norte-americano Amos Hochstein afirmou em Beirute que “o único caminho” consiste numa solução diplomática para terminar com os confrontos transfronteiriços entre Israel e o Líbano.
“Um eventual cessar-fogo em Gaza” não significará “automaticamente” o fim dos combates na frente libanesa, indicou antes de iniciar uma deslocação a Israel.
O Hezbollah tem repetido que suspenderá os seus ataques contra Israel caso termine a ofensiva militar israelita na Faixa de Gaza.
No entanto, o ministro da Defesa israelita Yoav Gallant, advertiu recentemente que uma eventual trégua em Gaza não implicará o fim do “objetivo”, alimentado pelo Governo extremista israelita, de rechaçar o Hamas da sua fronteira norte, através da força ou da diplomacia.
“Não desejamos a guerra, mas estamos prontos a enfrentá-la”, retorquiu hoje o chefe do bloco parlamentar do Hezbollah, Mohamed Raad, citado pela ANI.
“Ainda não utilizámos todas as nossas armas, nem as armas de um conflito aberto. Não deslocámos todo o nosso arsenal, e o inimigo sabe-o”, insistiu.
Pelo menos 302 pessoas, na maioria combatentes do Hezbollah e formações aliadas, e pelo menos 51 civis, foram mortos no Líbano desde 07 de outubro, segundo dados recolhidos pela agência noticiosa AFP.
Do lado israelita, indica-se a morte de dez soldados e sete civis.
Lusa