As listas de espera na região estão a níveis próximos aos de 2015. Há 65.109 cirurgias, consultas e exames, número que em 2021 era de mais de 118 mil, mas que em 2015 era de apenas cerca de 63 mil. Os dados são do relatório de acesso do Serviço Regional de Saúde, a que a Antena 1 teve acesso.
Entre 2021 e 2022 o número de cirurgias baixou 10 por cento, as consultas em espera reduziram 30 por cento e a lista para exames reduziu 70 por cento. Há agora 18 mil cirurgias em espera, quase 31 mil consultas e 16 mil exames.
O secretário da Saúde, ouvido esta manhã pela Antena 1, justifica estes números, não apenas com produção adicional, mas também com mais organização. Em 2022 no SESARAM foram realizadas 13.469 cirurgias e 4.329 no setor privado, comparticipadas pela região.Mas há ainda quase 6 mil pessoas na lista de espera para a cirurgia geral, a que tem mais nomes. Nas consultas a maior lista de espera é oftalmologia, com 6.413 nomes. No conjunto das especialidades foram realizadas 285 mil consultas.
Esta redução acentuada no espaço de um ano tem várias explicações. Foi criada uma Unidade Especializada de Apoio à Produção no Serviço de Saúde da RAM. Além disso existiram programas clínicos específicos para recuperação de listas de espera. Foram também atualizados os critérios de referenciação para listas de espera e atualizados os dados dos utentes.
Também o sistema informático foi atualizado e foram cruzados dados com os atos de saúde realizados no setor privado. Houve ainda casos de perda de critério clínico para se manter na lista de espera.