A eleição decorreu ontem e o líder do CDS/PP-Madeira, Lopes da Fonseca, admitiu hoje que o novo secretário-geral eleito não era a pessoa com quem "gostaria de trabalhar", mas reconheceu ter confiança no "jovem quadro", recusando divisão no partido.
"Não era aquele secretário-geral que, eventualmente, gostaria de trabalhar, mas tenho a dizer que o Pedro Pereira, que foi eleito secretário-geral, é um jovem quadro em quem tenho confiança", afirmou, em declarações aos jornalistas na Assembleia Legislativa Regional.
O processo de eleição foi provocado pela demissão do ex- secretário-geral do CDS-PP/Madeira, Lino Abreu, depois da condenação a dois anos e meio de prisão efetiva pela prática do crime de corrupção passiva para ato ilícito e, depois, pela morte do vice-secretário do partido na Madeira, João Augusto.
Lopes da Fonseca tinha apresentado uma lista encabeçada por Martinho Câmara, atual candidato do partido à Câmara da Calheta, mas uma candidatura alternativa, apresentada pela ainda secretária-geral adjunta, Joana Nóbrega, acabou por vencer a eleição, por uma diferença de nove votos.
Lopes da Fonseca reconheceu ainda que essa "lista alternativa" significa incluir "pessoas e não excluir ninguém", considerando que não foi derrotado.
"Eu tinha a prerrogativa, na comissão política, de poder substituir o secretário-geral e adjunto face à situação, às circunstâncias em que ocorreram, mas considerei que seria mais democrático, e isso provou-se, abrir essa eleição num conselho regional. Aconteceu precisamente a democracia. Foi eleito outro elemento que tem a minha plena confiança", disse.
LUSA