O PCP/Madeira defende a criação de um "grande movimento de opinião" para evitar atrasos no debate parlamentar às alterações ao subsídio de mobilidade para viagens aéreas entre a região e o continente, indicou hoje o líder do partido.
"Nós temos que criar um grande movimento de opinião no sentido de impedir que o Partido Socialista faça o veto de gaveta, para impedir que faça retardar o processo, impedindo os madeirenses e os porto-santenses de uma melhoria no acesso ao subsídio de mobilidade", disse Edgar Silva, no decurso de uma ação de rua no Funchal.
O dirigente recordou que a Assembleia Legislativa da Madeira aprovou por unanimidade uma proposta para que os beneficiários do subsídio paguem apenas o valor estipulado – 85 euros para residentes, 66 euros para estudantes – evitando assim ficar à espera de reembolso posterior.
O projeto foi depois aprovado na generalidade no parlamento nacional, mas contou com os votos contra do PS, incluído dos dois deputados eleitos pela Região Autónoma da Madeira.
"No início dos trabalhos na Assembleia da República, o PS poderá retardar, tentar fazer o veto de gaveta, para que a proposta, que visa pôr termo a um conjunto de processos que infernizam a vida dos madeirenses quando querem aceder ao subsídio de mobilidade, não avance", alertou Edgar Silva.
O líder comunista vincou que os custos das ligações aéreas entre a Madeira e o continente, particularmente nos meses de julho, agosto e setembro, atingem "valores escandalosos", por vezes acima dos 500 euros.
"O PSD e o PS são os responsáveis pela liberalização das tarifas áreas e pela liberalização das ligações aéreas", afirmou Edgar Silva, sublinhando que para alterar a situação é necessário "combater e derrotar" estes dois partidos.
LUSA